Vez por outra, ainda ouço acabrunhado em rodas descontraídas, pessoas confundindo harmonização de vinhos e comidas com regras de etiqueta (no “pau da peroba” como diria Guimarães Rosa: mera frescura) ou mesmo com o que dizem ser uma ditadura de gourmets esnobes sobre o gosto individual. Generalizações… sempre elas, perigosas e preconceituosas. Harmonizar é, observando-se as tradições culturais, a prática através dos tempos, a química e até a física dos alimentos… experimentar combinações de texturas, aromas e sabores que tendem a potencializar ao máximo a experiência gustativa. Arroz com feijão, café com leite, macarrão, tomate e queijo, feijoada e caipirinha, são exemplos adorados cotidianamente por quem, desavisadamente, ainda teima em dizer que harmonização é coisa de enochato. Pois deixando de lado quem são ou não os verdadeiros chatos, vamos revisitar algumas regras, exceções e transgressões sobre a “famigerada” (olha o Rosa aí de novo…”) harmonização, que nada mais é do que aquele _”huuuuuuummmmmm”, ficou bom demais da conta….!!! em bom mineirês.