O ratatouille é um prato com alma familiar, rústico e de simples preparo, tradicional da região da Provença, na França, desde o século XVIII. Seria algo por aqui como aquele mexidão ou aquela carne moída com batatinha, que acalenta e traz lembranças da infância. Aliás, no filme da Disney-Pixar que levou o Oscar de animação em 2008 e projetou o nome desta iguaria, é exatamente por aí que o esperto Ratinho Rémy usa seus dotes culinários para desmontar o mal humor do temido crítico gastronômico Anton Ego: com um cheiroso e gostoso ragu “grosseiro” de legumes, o ratatouille.
A seguir uma adaptação nossa de uma receita do Ricardo Caravita do tradicional restaurante A Esperança, do Bairro do Itaim Bibi em São Paulo, que adiciona ao prato um filet mignon ao molho de vinho e mel. É sucesso garantido, em no máximo 20 minutos de preparo. A companhia ideal: um tinto com médio teor alcoólico para não “sufocar” a receita, com bom corpo e de preferência não tão jovem, com taninos presentes mas bem amaciados por algum tempo de madeira e/ou garrafa.
Dicas:
Entre os sulamericanos: um corte de cabernet sauvignon e merlot das safras 2007 ou 2008 de Luigi Bosca ou Catena Zapata, da Argentina. Entre os europeus, para quem aprecia um pouco menos potência e mais complexidade, um Cabriz Reserva 2008 Português ou um Infinitus Cabernet Sauvignon/Tempranillo 2009 Espanhol. Todos na faixa de 50,00. Para a completa harmonização cultural: um tinto de longa guarda da cidade de Bandol, na AOC Provence, feito com a casta Mouvedre, vai muito bem, só que “um pouco” mais caro.