Estas têm sabor mais neutro, se forem preparadas de modo mais simples, pedindo vinhos igualmente mais leves. Ou por serem muito boas para receberem temperos e especiarias variadas, podem pedir vinhos mais maduros e complexos. Exemplos:
Peixes de escamas, de água doce, grelhados ou assados: Traíra, Tilápia, Dourado, Truta… Todos irão muito bem escoltados por brancos delicados e secos, sem notas de carvalho, mas com personalidade e aromas. Como um do Rhône francês, um Torrontés argentino ou um Sauvignon Blanc, seja do velho ou novo mundo. Um da uva Alvarinho, portuguesa, também fecha.
Frango assado, com ervas finas: Aqui, além dos Chardonnays citados acima, pode ser um do Chile ou Argentina. Ou um tinto de médio corpo como um Merlot básico, ou um Carmenére Chileno, mais herbáceo e picante, que costuma combinar bem com ervas.
Leitão assado à puruca: Carne leve, mas com bom teor de gordura e geralmente bem temperada neste prato, que em geral tem a carne marinada de véspera. Aqui o mais importante é ter um vinho com taninos moderados e boa acidez, para contra argumentar com a gordura. Pode ser um branco, com um pouco mais de estrutura, como um exemplar da uva chardonnay da Califórnia (com mais exuberância de fruta e carvalho), ou da Borgonha (mais contidos, secos e elegantes). Ou pode ser um tinto, como um português da uva Baga, na Bairrada. Esta combinação aliás, é antiquíssima nesta região, onde o mesmo prato, com o nome de “Leitão à Bairrada”, é típico. Um bom espumante tinto (sim, eles existem) ou rose, caso você esteja afim de mais refrescância e descontração, vai muito bem, obrigado.
Perú assado: As possibilidades são amplas, entre um espumante brut (que são aliás os mais versáteis do planeta vinho) e um tinto leve, como um da uva Pinto Noir. Mas se equilibra perfeitamente com um rosado de tempranillo (mais leve) ou de cabernet sauvignon/Shiraz (mais estruturado), dependendo da receita.