No Brasil, o consumo de vinhos secos finos vem crescendo a uma impressionante taxa em torno de 40% anuais (!) chamando a atenção de fabricantes de todo o mundo. Em Divinópolis, também mais pessoas tem lido, se informado e participado de encontros, palestras e cursos afins, formando um consumo mais consciente e fiel. A nossa principal rede de Supermercados, o ABC, que de boba não tem nada, vêm paulatinamente diversificando os rótulos de qualidade em bons vinhos para o dia-a-dia, ampliando o espaço e o conforto, instalando adegas climatizadas, elaborando cartas básicas de harmonização e colocando um sommelier à disposição para melhor orientação dos clientes. Mas infelizmente, os proprietários de restaurantes e bares mais descolados em nossa cidade parecem não dar a mínima para esta tendência, já que até agora a qualidade, variedade e serviço do vinho nestas casas, em geral é muito deficiente. Taças inadequadas, mal conservação das garrafas, mesmice nas opções (de anos atrás) e simpáticos garçons que até se esforçam, mas sem conhecimento e suporte fica difícil. Justiça seja feita a duas raras exceções, que geralmente cumprem o básico: Café com Creme e Bistrô Boulevard. Enquanto isso, um número cada vez maior de pessoas vem preferindo beber a sua bebida predileta em casa, ou apenas quando viajam. Mas Há luz no fim da garrafa!
Patrick Ferreira e Thiago Alves, o consultor de empresas Szaya Edelman e este colunista, pretendem cobrir esta lacuna na nova fase do Ohashi Pizzaria neste ano, elaborando uma carta com mais qualidade e variedade, num patamar de preços adequado ao consumo médio, e harmonizados com os pratos da casa, além do treinamento específico que será dado aos garçons e funcionários da casa. Os apreciadores, cada vez mais numerosos, desde já brindam e agradecem.