“Aroma de raposas molhadas correndo sobre um campo outonal nos arredores de uma mansão da era vitoriana…”
Esta alegoria fantasiosa, é um clássica piada para ironizar desavisados que insistem em exagerar poeticamente a descrição das sensações olfativas perante o vinho.
“Enochatos” à parte, um dos grandes prazeres de quem aprecia a bebida é identificar e curtir nela, a plenitude de aromas possíveis. Senão vejamos (ou aspiremos):
Aromas Primários: oriundos da uva, do entorno das videiras e da essência vegetal, onde são trazidos do solo pelas raízes e processados pela planta. Frutais, florais, de especiarias, herbáceos, minerais…
Aromas Secundários: têm origem nos processos de vinificação, principalmente na fermentação alcoólica. Vinosos, pães, leveduras, massa crua, cogumelos, folhas e frutas secas, baunilha, cedro, coco, madeira tostada…
Aromas Terciários: se formam durante a maturação e o envelhecimento dos vinhos e que misturam odores primários e secundários, evocando compostos mais complexos os quais definimos como bouquet. Couro, tabaco, café, chocolate, torrefação, compotas, caramelo, melado, húmus…e até… suor de cavalo!