Vinho brasileiro é bom?
O Brasil ainda é jovem na vinicultura e enfrenta desafios climáticos, culturais e mercadológicos, mas com planejamento e tecnologia crescentes, está gradativamente melhorando na área. Como muitos sabem, os brancos espumantes são o destaque Já temos aí algum reconhecimento internacional e inclusive exportamos uma quantidade razoável, até para a Europa. Mas entre os tintos, temos já Merlots, Cabernet Sauvigons e Tannats de respeito, entre as vinícolas de “boutique”, com filosofia terroirista (de terroir, em francês, alguma coisa como “terra-mãe”, significando aqui o contato íntimo com a terra, o micro-clima e as técnicas mais tradicionais de cultivo), e também entre aquelas vinícolas maiores e modernas, mas com foco igualmente na qualidade. Afinal, de 2005 prá cá, já angariamos cerca de 3000 medalhas internacionais, várias delas em concursos de expressão no mundo do vinho. Um desafio é aumentar a quantidade e a qualidade do consumo interno, dos atuais 2 litros, para cerca de 6 litros por pessoa/ano, até 2025, meta do Wines From Brazil, projeto que envolve as principais entidades da vitivinicultura brasileira. Mas para isso é preciso ganhar competitividade, pois nosso vinho ainda oferece uma relação preço-qualidade às vezes difícil inclusive para o mercado interno, se comparado aos chilenos e argentinos, por exemplo.