“Você Tem Fome de Quê?”… (Música: Comida – Marisa Monte)
Da domesticação do fogo transformador à invenção da culinária, o ato de se reunir em torno da mesa (ou da fogueira) para comer e beber, sempre foi mais do que simplesmente saciar a fome e a de uns e outros. De forma consciente ou não, provavelmente desde os tempos das cavernas, há rituais repletos de significados, há lembranças, sensações, descobertas e recompensas preciosas em torno do que se convencionou bem mais tarde chamar-se Gastronomia.
Hoje, este é um tema revitalizado e valorizado, um fenômeno cultural contemporâneo digerido em todos os canais de divulgação e integração: cadernos especiais em revistas e jornais, livros, sites, blogs, programas de TV, lojas especializadas, novos espaços dedicados nos supermercados, cursos, feiras, viagens afins, seminários, confrarias…enfim, da comida de buteco a haute cuisine, tudo celebra a definição dicionarística ativa ou passiva “1-Arte de cozinhar e preparar as iguarias de modo a tirar-se delas o máximo prazer. 2-Arte de escolher e saborear os melhores pratos.”
Goste você de fazer e/ou comer e beber, este será mais um espaço dedicado a este interesse, hobby, arte ou paixão, a enogastronomia. Lembrando que eno em bom grego significa vinho. Sim, além de boa comida, falaremos também de boa bebida. E de receitas, estórias e histórias ao redor deste par perfeito.
Filosófica e antropologicamente falando, muito mais do que beber e comer, mas saborear usando todos os sentidos, saber o sabor, com reflexão e prazer. Afinal, como bem ensinou Epicuro, (olha os gregos aí de novo) “o prazer é o ponto central de todas as coisas”… Um brinde á sabedoria e à busca da felicidade também nas pequenas (grandes) coisas boas da curta vida. E sejam muito bem vindos à nossa mesa.